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segunda-feira, 23 de maio de 2011

Influência dos espíritos em nossas vidas


Espírito impuro

Allan Kardec coloca na pergunta 459 do Livro dos Espíritos um questionamento sobre esse assunto nos seguintes termos: “Os espíritos influem sobre os nossos pensamentos e as nossas ações?” Cuja reposta foi: “A esse respeito sua influência é maior do que credes, porque, freqüentemente, são eles que vos dirigem".
Com base nesta resposta poderíamos encontrar no Evangelho alguma passagem que possa demonstrar-nos essa influência dos espíritos em nossas vidas? É claro que sim, pelo menos para aqueles que têm “olhos de ver”.
Vamos, então, ao Evangelho para que possamos confirmar. Em Mateus 8, 16-18, encontramos: “Entardecia, quando lhe trouxeram possessos. Diante disso, ele expulsou os espíritos apenas com uma palavra e curou todos os que estavam passando mal.”
Ora, se Jesus expulsou os espíritos é porque eles de alguma forma estavam a influenciar estas pessoas possessas. Aliás, este termo já em si mesmo sugere que a pessoa estava sob o domínio de um espírito.
Mas sigamos em frente e iremos observar a que ponto poderá chegar esta influência. Busquemos em Marcos 5, 1-20, o seguinte: “Chegaram a outra margem do mar, na região dos gerasenos. Quando desembarcou um homem possesso de um espírito impuro, saindo dos sepulcros, logo foi ao seu encontro. Ele morava nos sepulcros e ninguém conseguia mantê-lo preso, nem mesmo com correntes, pois muitas vezes lhe haviam algemado os pés e as mãos e ele, arrebentava as correntes, quebrando as algemas, e ninguém o dominava. Passava o tempo inteiro nos sepulcros e sobre os montes, gritando e ferindo-se com pedras. Quando viu Jesus de longe, correu e prostrou-se diante dele, e gritou com voz forte: "Que é que tens tu comigo Jesus, Filho de Deus Altíssimo? Em nome de Deus não me atormentes!" É que Jesus lhe tinha dito: "Espírito impuro, sai deste homem!" Depois, ele lhe perguntou: “Qual é o teu nome?” Respondeu-lhe: “Meu nome é legião, porque somos muitos”. Suplicava-lhe então, com insistência, que não o expulsas-se daquela região".
Chamamos a sua atenção, caro leitor, para essa importante passagem, pois mostra-nos, claramente, a que ponto poderá chegar a influência dos espíritos. Um homem comum, sob a in-fluência dos espíritos, passava a ter uma força descomunal a ponto de conseguir arrebentar correntes e quebrar algemas. Além disto, fazia com que esta pobre criatura ferisse a si mesma, bem como o forçava a gritar pelos montes como um louco desvairado. E no diálogo com Jesus, era tanta a influência que passou a respondê-lo, não o possesso, mas sim o espírito que o influenciava. Espírito? Que espírito, se na verdade eram muitos, razão pela qual diz ser seu nome legião.
Perguntou Allan Kardec aos espíritos superiores: Se eles podem influenciar em nossas vidas, por que meios se pode neutralizar a influência dos maus espíritos? A resposta foi: “Fazendo o bem e colocando toda a vossa confiança em Deus, repelis a influência dos espíritos inferiores, e destruís o império que eles querem tomar sobre vós. Evitai escutar as sugestões dos espíritos que suscitam em vós os maus pensamentos sopram a discórdia entre vós e vos excitam todas as más paixões. Desconfiai, sobretudo, daqueles que exaltam vosso orgulho porque vos tomam por vossa fraqueza. Eis por que Jesus nos faz dizer na oração dominical:" Senhor! Não nos deixeis sucumbir à tentação, mas livrai-nos do mal. "
Agindo desta forma estaremos livres de sua má influência.
Retornemo-nos, ao Evangelho na narrativa de Mateus (9, 32-34): “Quando saíam, apresentaram a Jesus um possesso mudo. Logo que o demônio foi expulso o mudo começou a falar. Espantado, o povo dizia: " Nunca se viu coisa igual em Israel".
Neste caso, a influência espiritual causava a mudez àquela pessoa. Espera aí, dirão vocês, nesta passagem não se fala em espírito e sim de demônio. Não há o que contestar, entretanto o que realmente é o demônio? Seria um ser criado para o mal? Com certeza que não. Nunca poderemos aceitar que Deus, o eterno bem, tenha criado um ser dotado para sempre ao mal. Seria porventura, um anjo decaído? Também não, pois o ser espiritual ao qual denominamos de anjo não poderia possuir senão bondade, assim como teria que ser totalmente desprovido de vaidade, que seriam coisas de nós os humanos, não dos anjos. Afinal, o que cearia os demônios? Voltaremos, novamente, ao Evangelho, para elucidar esta importante questão.
Em Mateus, 10, 1, 5-8, encontramos: “Jesus convocou os seus doze discípulos e lhes deu o poder de expulsar os espíritos impuros e de curarem toda espécie de doenças e enfermidades. Jesus enviou esses doze em missão, tendo-lhes dado as seguintes instruções: Não tomeis o caminho que conduz aos pagãos e não entreis em nenhuma cidade dos samaritanos. Ide, de preferência, às ovelhas perdidas da casa de Israel. Pregai, pelo caminho: "O reino dos céus está perto!" Curai os doentes, ressuscitai os mortos, purificai os leprosos, expulsai os demônios. Acabai de receber de graça, dai de graça".
Observemos bem, o mesmo texto fala em espíritos impuros e demônios, daí concluímos que um era sinônimo do outro. O conceito, à época, era que demônio significava gênio ou espírito, de uma maneira indefinida. Para confirmar isto vejamos o quadro a seguir:
PassagemEvangelistaTermo utilizado
MuitosPossessosMateus 8, 16Marcos 1, 32-34.
Lucas 4, 40-41
EspíritosDemônios
Demônios
O possessode
Gerasa
Mateus 8, 28-34.Marcos 5, 1-20.
Lucas 8, 26-39.
DemônioEspírito impuro
Espírito impuro e demônio
O possesso deCafarnaumMarcos 1, 21-28.Lucas 4, 31-37.Espírito impuroEspírito de demônio impuro
A filha da mulherCananéiaMateus 15, 21-28.Marcos 7. 24-30.DemônioEspírito impuro e demônio
O meninoMudo e
Epiléptico
Mateus 17, 14-21.Marcos 9, 14-29.
Lucas 9, 37-43.
DemônioEspírito
Espírito, demônio e espírito impuro.
Para o mesmo relato, os evangelistas ora usam espírito impuro, ora demônio, quando não usam os dois termos juntos, ficando, agora, bem claro que o significado deles era o mesmo.

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Que eu não perca a vontade de doar este enorme amor que existe em meu coração, mesmo sabendo que muitas vezes ele será submetidoa provas e até rejeitado. Chico Xavier